viernes, 9 de enero de 2009

Camilo Castelo Branco não chegou a conhecê-los.

Chegaram com a Capital da Cultura, em 2001. Ainda não sei se gostam do que viram ou se troçam do que viram e do que não viram, tal é a forma como se contorcem a rir num pedaço de plateia instalado no jardim da Cordoaria, no Porto, mesmo em frente ao tribunal. Os homenzinhos que riem, poderiam rir da Justiça!? Não sei e tal como Camilo (escritor esteve preso na Cadeia da Relação, edifício à esquerda dos homenzinhos, que alberga agora o Centro Português de Fotografia) se foi embora antes de os poder ver da sua janela, também já não vou a tempo de perguntar a Juan Muñoz (morreu no mesmo ano em que doou ao Porto esta escultura) de que riem os seus homenzinhos.
Gostei logo dos homenzinhos de Muñoz e quis conhecê-los melhor. Estão em Serralves
(até ao dia 18) e alguns continuam a rir, ou a troçar, um deles rodopia degolado, ... Intrigam-me sobretudo os homenzinhos em multidão... São muitos, mas talvez seja sempre o mesmo, talvez seja o tempo a passar por eles, ou os sentimentos a passarem por nós... Misturei-me com eles e fiquei ainda com mais perguntas, que já não tenho tempo de fazer ao Muñoz.

Vou tê-los por aqui a rir comigo, ou de mim...

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